Pedagogia

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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Trabalho apresentado por  Janaína Araújo Andrade


Explique com base em teorias estudadas por VOCÊ que prática de reflexão sobre a língua oral (Ouvir/ falar) e escrita (Leitura/ escrita) deve possuir um professor da Educação Infantil e Educação dos Anos Iniciais. 


R/ o desenvolvimento da linguagem oral

A criança se utiliza desde de cedo da linguagem oral para se comunicar. Mesmo antes de falar a criança já são capazes de utilizar a linguagem oral para pedir o que deseja, expressar seus sentimentos, perguntar e explorar o mundo a sua volta. o Referencial Curricular Nacional (1997, p. 49) atesta que “a capacidade de uso da língua oral que as crianças possuem ao ingressar na escola foi adquirida no espaço privado comunicativos informais, coloquiais, familiares”. Neste sentido, o desenvolvimento da fala se dá na prática viva da língua, no diálogo, no ouvir o interlocutor. Devese, por tanto, atribuir intenção comunicativa à fala da criança, ter atenção e dar continuidade a ela.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional,
uma das tarefas da educação infantil é ampliar, integrar e ser continente da fala das crianças em contextos comunicativos para que ela se torne competente como falante. Isso significa que o professor deve ampliar as condições da criança de manterse no próprio texto falado. Para tanto, deve escutar a fala da criança, deixandose envolver por ela, ressignificandoa e resgatandoa sempre que necessário (1998, vol. 3, p. 135).
Música ´
Na educação infantil a música tem um papel importantíssimo no que se refere a linguagem oral, no entanto é necessário que a criança tenha esse contato com a música explorando-a das mais variadas formas.
Quando o professor trabalha a música com as crianças, estar estimulando a sensibilidade, mas também estar trabalhando também o texto oral, o vocabulário, a pronúncia das palavras. Por isso a importância de selecionar a música, sempre com a preocupação de uma boa letra, melodia, harmonia, ritmo e que sejam de fácil acesso para que possam favorecer o trabalho. Em conformidade com Kaufman:
O ritmo, a entonação e a musicalidade das palavras funcionam como reais possibilidades de despertar a criança para a comunicação, proporcionandolhe sorrisos e gargalhadas, além de garantir o contato com a oralidade de uma forma lúdica e descontraída (1995).   

Roda de conversa
            A roda de conversa, que deve ser uma estratégia rotineira nas classes de Educação infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, nem sempre tem o merecido destaque no planejamento do professor. Na roda o professor consegue dispor várias situações de trabalho com a oralidade. A participação na roda permite que as crianças aprendam a olhar e a ouvir os colegas, trocando experiências e aprendendo as atitudes corretas de ouvinte e de falante.
a roda de conversa é o momento privilegiado de diálogo e intercâmbio de idéias. Por meio desse exercício cotidiano as crianças podem ampliar suas capacidades comunicativas, como a fluência para falar, perguntar, expor suas idéias, dúvidas e descobertas, ampliar seu vocabulário e aprender a valorizar o grupo como instância de troca e aprendizagem (o Referencial Curricular Nacional 1998, vol. 3, p. 138)
Leitura
Por meio do incentivo e do acesso aos livros pelo manuseio, pela leitura ou contação de histórias, a criança cria o hábito e o apreço pela leitura e também desperta o interesse pela escrita. Considerase, pois, que a criança que tem contato com a literatura desde cedo, lendo ou ouvindo histórias, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende a pronunciar melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores, além de favorecer familiaridade com o mundo da escrita. E mais: a leitura de histórias é uma rica fonte de aprendizagem de novos vocabulários. Embora a criança ainda não saiba ler, ouvir um texto já é uma forma de leitura.  

A escrita nos anos iniciais
Ferreiro e Teberosky (1999) ressaltam que entre as propostas metodológicas e as concepções infantis, existe uma distância que pode medir-se em termos do que a escola ensina e do que a criança aprende. O que a escola pretende ensinar nem sempre coincide com o que a criança consegue aprender. Nas tentativas de desvendar os mistérios do código alfabético, o docente procede passo a passo, do que ele considera simples ao complexo, fragmentando todo o processo de aquisição da língua escrita. Essa forma que a escola vem “ensinando” a escrever, desconsidera todo o processo de construção da criança, que na verdade, para adquirir o código alfabético, reinventam a escrita, a sua maneira. Isso porque a escrita é um processo de construção pessoal, e não uma mera cópia de um modelo externo.
O professor tem que oportunizar ao aluno a promoção da aprendizagem, respeitando assim a sua individualidade, pois o aluno cria suas próprias hipótese em relação ao objeto do conhecimento. As crianças precisam ser participantes ativos do processo de leitura e escrita, pois nas idades de quatro a seis anos, já possuem conhecimentos lingüísticos que lhes permitem interpretar as informações vinculadas com a leitura. Portanto, é importante deixá-las escreverem, mesmo que seja em um sistema diferente do convencional de escrita (o alfabético), não para que ela crie o seu próprio sistema de escrita, mas para que ela possa descobrir que o seu sistema de escrita não é o convencional e encontre razões válidas para substituir suas próprias hipóteses pelas dos adultos

Comentário pessoal
Na educação infantil não utilizamos linguagem formal, devemos utilizar uma linguagem que seja compreensiva na faixa etária. No entanto não deve se negar palavras científica. Exemplo: se em alguma atividade precisar utilizar uma dessas palavras, utilizaremos e explicamos o seu sentido.
            Se for escrever tem que usar linguagem formal, mas devemos conduzir para que eles coloquem esses conectivos, direcionando para que eles percebam que existem esses conectivos. Pois a linguagem estar em desenvolvimento.
            A criança estiver mergulhada nas atividades de escrita, usando a linguagem escrita com interlocutores, posteriormente a criança se apropriará de uma linguagem escrita significativa. Cabe ao professor criar todas as condições para que as crianças possam se apropriar da escrita até a produção autônoma de texto. O papel do professor é da maior importância, pois é ele o responsável pela meditação, interação e interlocução devendo proporcionar atividades para que ocorram elaborações individuais.
            É o professor quem precisa criar motivos para a realização da linguagem escrita: a criança precisa encontrar, para escrever, as mesmas razões que encontra para falar. Esta prática com a linguagem não pode se restringir a exercícios repetitivos, nem a listagens e nomenclaturas. É o professor quem precisa criar motivos para a realização da linguagem escrita: a criança precisa encontrar, para escrever, as mesmas razões que encontra para falar. Esta prática com a linguagem não pode se restringir a exercícios repetitivos, nem a listagens e nomenclaturas.
            O trabalho sempre tem que ser norteador, desde os textos orais que a criança produz e que o professor transcreve para mostrar até a direção da escrita e as correspondências da oralidade, até os textos autônomos nos quais a criança deve fazer presente sua própria voz, seus pontos de vista, suas opiniões, enfim, a linguagem na sua dimensão discursiva. O educador deverá está atento a forma que vai apresentar a criança as letras e os sons, de modo que a mesma entenda que a fala não está ligada apenas as silabas.
            Por isso, seja na pré-escola, ou na primeira série, as primeiras atividades com a linguagem devem promover, através da oralidade, o resgate da história e da vivência da criança. Paralelamente, através de atividades com a escrita e a leitura, primeiramente feita pelo professor, a criança é mergulhada, aos poucos, no mundo da escrita. O trabalho com a linguagem deve se desenvolver sobre três eixos, em perfeito entrosamento e harmonia: a oralidade, a leitura e a escrita. Esta divisão é apenas didática, pois são atividades entrosadas.
            Todas as atividades de escrita, na escola, devem ter em mira a produção de textos. Não de textos artificiais, mas de textos com alguma função, textos que dizem algo a alguém. Não basta que o aluno preencha linhas e junte sentenças. É preciso que, mesmo ainda não dominando a convenção da escrita, o aluno produza textos significativos desde os primeiros tempos escolares. Para isso, é preciso que o interlocutor, nas situações de escrita, seja abstrato ou imaginado. Quando o aluno escreve um texto para alguém ler, a significação deste texto é mais facilmente conseguida.

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