Pedagogia

Pedagogia

terça-feira, 26 de maio de 2015

Trabalho apresentado por Maria Oneida Dantas de Vasconcelos

Narrativa


Significado de Narrativa


O que é Narrativa:

Narrativa é uma exposição de fatos, uma narração, um conto ou uma história. As notícias de jornal, história em quadrinhos, romances, contos e novelas, são, entre outras, formas de se contar uma história, ou seja, são narrativas.
As narrativas são expressas por diversas linguagens: pela palavra (linguagem verbal: oral e escrita), pela imagem (linguagem visual), pela representação (linguagem teatral) etc.

Elementos da Narrativa

A narrativa é uma seqüência de fatos interligados que ocorrem ao longo de certo tempo e possui elementos básicos na sua composição:
Fato – corresponde à ação que vai ser narrada (o que)
Tempo – em que linha temporal aconteceu o fato (quando)
Lugar – descrição de onde aconteceu o fato (onde)
Personagens – participantes ou observadores da ação (com quem)
Causa – razão pela qual aconteceu o fato (por que)
Modo – de que forma aconteceu o fato (como)
Conseqüência – resultado do desenrolar da ação
A narrativa se desenvolve em torno de um enredo, nome que se dá a seqüência dos fatos. A partir do enredo chega-se ao tema, que é o motivo central do texto. O enredo apresenta situações de conflitos ou ações, que são divididos em quatro partes:
Apresentação – vários elementos como as personagens, cenário, e tempo, são apresentados pelo narrador, para enquadrar o leitor relativamente aos fatos.
Desenvolvimento - aqui o conflito tem origem, havendo o confronto entre os personagens.
Clímax - é o expoente máximo do conflito, existindo uma enorme carga dramática e onde alguns fatos importantes atingem sua maior dramaticidade.
Desfecho – é a parte final da narrativa que revela o resultado do clímax, sendo que o conflito pode ou não ter sido resolvido.
Os personagens de uma narrativa podem ser descritos do ponto de vista físico e psicológico, exercendo diversos papéis:
Protagonista – é o personagem principal de uma narrativa, tem o papel mais importante no desenrolar da ação.
Antagonista - aquele que se opõe ao protagonista, sendo o seu inimigo. Muitas vezes só é revelado como antagonista durante o clímax.
Personagem secundária - apesar de ter um papel menos importante que o protagonista, é também importante para o desenvolvimento da ação.
Figurante - tem como função ajudar a descrever um ambiente ou espaço do qual faz parte. O seu papel não tem influência na ação.
- Tragédia brasileira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa
prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência , matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontra-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
Manuel Bandeira
Análise:
O quê? Romance conturbado, que resulta em crime passional.
Quem? Misael e Maria Elvira.
Como? O envolvimento inconsequente de um homem de 63 anos com uma prostituta.
Onde? Lapa, Estácio, Rocha, Catete e vários outros lugares.
Quando? Duração do relacionamento: três anos.
Por quê? Promiscuidade de Maria Elvira.
Quanto à estruturação narrativa convencional, acompanhe a sequência de ações que compõem o enredo:
Exposição: a união de Misael, 63 anos, funcionário público, a Maria Elvira, prostituta;
Complicação: a infidelidade de Maria Elvira obriga Misael a buscar nova moradia para o casal;
Clímax: as sucessivas mudanças de residência, provocadas pelo comportamento desregrado de Maria Elvira, acarretam o descontrole emocional de Misael;
Desfecho: a polícia encontra Maria Elvira assassinada com seis tiros.

Exemplos de Narrativa:

I - Além do espelho, lembranças
Um dia, quando encerrava meu trabalho, fixei a atenção em um simples objeto da minha sala. Caminhei, paulatinamente, ao seu encontro e, à medida que me aproximava, sentia meu ego explodir em sensações indescritíveis.
Ali, diante dele, parei. Meu reflexo testemunhava as marcas do passado e trazia, à tona, as lembranças da infância e da adolescência. As imagens, agora, misturavam-se, comprometendo minha lucidez. Senti meu corpo flutuar e minha visão apagar-se, de forma que eu me concentrava em recordações, apenas.
Assim, momentos depois, revia meus irmãos e vizinhos correndo em volta da mesa, mamãe fazendo o jantar, papai lendo o jornal, os cães brincando no jardim e, também, meus amigos de colégio, antigos casos amorosos.
Recuperei o bom senso, por um instante, mas não durou mais que isso, pois, novamente, brotam outros pensamentos: o nascimento dos filhos e a ascensão profissional.
Minutos depois, tudo acabara. Diante de mim havia só um espelho, cujo reflexo já não era de um cenário fantasioso de minha mente.
Luana Stephanie de Medeiros
Análise: A narrativa faz uma reflexão sobre a necessidade de parar um pouco e analisar as coisas boas que aconteceram no passado, sendo importante notar que as boas lembranças do passado nos trazem uma paz enorme e nos dá força para seguir os momentos mais árduos do dia a dia. A narrativa se passa no local de trabalho – na sala de trabalho do narrador.
II - Uma lição de vida
Lembro-me de uma manhã em que descobri um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair. Esperei algum tempo, mas estava demorando muito e eu tinha pressa.
Irritado e impaciente, curvei-me e comecei a esquentá-lo com o meu hálito. E o milagre começou a acontecer diante de mim num ritmo mais rápido que o natural. O invólucro se abriu e a borboleta saiu, arrastando-se. Nunca hei de esquecer o horror que senti: suas asas ainda não estavam abertas e todo o seu corpinho tremia, no esforço para desdobrá-las.
Curvado por cima dela, eu a ajudava com o meu hálito. Em vão. Era necessária urna paciente manutenção e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol. Agora era tarde demais. Meu sopro obrigava a borboleta a se mostrar, antes do tempo, toda amarrotada. Ela se agitou desesperada e, algum segundo depois morreu na palma de minha mão.
Acho que aquele pequeno cadáver é o peso maior que tenho na consciência. Hoje, entendo bem isso: é um pecado mortal forçar as grandes leis.
Não devemos nos apressar, nem ficar impacientes, mas seguir confiantes o ritmo eterno.
Nikos Kazantzakis

Análise:  
   

Esse exemplo de narrativa nos mostra a importância de saber esperar o momento exato das coisas, pois a pressa só atrapalha.  “Não devemos nos apressar, nem ficar impacientes, mas seguir confiantes o ritmo eterno.”
Trabalho apresentado por Elaine Shirleide Araujo Costa


Questão: Recolher algumas redações de crianças e fazer uma analise do fio condutor de cada uma.

A minha pesquisa foi analisar o fio condutor de redação. Recolhi três redações de alguns alunos, que estudam em colégios particulares diferentes, e em series diferentes. Cada aluno recebeu uma nomeação, ou seja, cada um está representado por uma letra do alfabeto (A, B, C).
Duas redações foram com o mesmo tema e a outra com tema diferente. Para que o professor tenha êxito em seu trabalho, o mesmo deve conhecer a realidade de cada um de seus alunos. O tema da redação deve ser do contexto histórico do aluno, não pode ser proposto um tema que esteja fora da realidade do alunado. Por que o aluno não conseguirá expor nada de seu pensamento.
Na redação o aluno conta um pouco de sua historia, ele se envolve com os personagens até troca de lugar, onde o mesmo se coloca na historia. As redações passadas foram sobre animais. Que são temas do cotidiano dos alunos.
Todas as redações existem já uma sequencia logica, ou seja, o aluno já sabe do que ele vai falar. Por que só através do titulo o mesmo não saberia. Então cada redação foi feita através de uma ideia dada.
A primeira redação analisada foi a do aluno A, que estuda no 2º ano. O mesmo fez um texto curto. Demostrando que não consegue organizar seu pensamento logico. A redação se resume em duas linhas. Existente na redação erros ortográfico, mas para faixa etária é normal. E muitas repetições de palavras.
A segunda redação analisada foi a do aluno B, que estuda no 3º ano. O mesmo nos mostra uma boa organização do seu pensamento logico. O texto tem alguns erros ortográficos. Só tem um paragrafo. Mas observo que ele coloca pontuações corretas, como o ponto de interrogação nas perguntas. Apesar de faltar algumas pontuações.
A terceira redação foi a do aluno C, que estuda no 4º ano. O aluno tem uma ótima organização logica do pensamento. O texto tem um começo, meio e fim. A redação só tem um paragrafo. Faltam algumas pontuações e existem alguns erros ortográficos.
Em minha conclusão, não foi fácil analisar essas redações. Corrigir só erros ortográficos e pontuações é fácil, mas quando você parte para a realidade do aluno, fica mais difícil. Pois o professor entra no mundo em que o aluno vive, muitos não têm pais, ou os pais são usuário de drogas. Muitos passam necessidades. E entre outras coisas. Então o trabalho do professor fica mais difícil.  


 REDAÇÕES
  
 





quinta-feira, 21 de maio de 2015

Trabalho apresentado por Valdênia de Lima Barros


As diversas questões que envolvem a puberdade e orientação sexual
Turma: 5° ano

“A curiosidade Premiada”
 

Justificativa:

Toda criança possuem dentro de si uma curiosidade louca para explorar o mundo a sua volta "A Curiosidade Premiada” narra a história de uma menina muito curiosa chamada Glorinha, ela quer saber sobre tudo, e com isso tira a paciência de todos que estão a sua volta inclusive a dos seus pais que a principio não sabia o que fazer com tantas perguntas sem fim.
Com base nessa história trabalharemos a Puberdade e a Orientação Sexual com alunos do 5° ano onde podemos gerar um momento de interação com a turma sobre o tema curiosidade, levando-os a perceber que a curiosidade surge sobre tudo aquilo que ainda não descobrimos.
A principio criaremos um livro de curiosidades da turma: um trabalho em grande grupo, onde os alunos elaborarão perguntas às quais eles não sabem as respostas, mas gostariam de saber.
Construiremos uma caixa dos Curiosos: uma caixa colocada em um local de fácil acesso das crianças, onde as mesma podem escrever suas dúvidas e depositar ali, onde mais tarde o professor terá acesso. O importante dessa proposta é o incentivo as perguntas, tornar o aluno mais participativo, e com base nisso, o professor poderá incrementar suas aulas e abordar temas que sejam de interesse dos seus alunos, sendo assim, incentivar a curiosidade para que eles possam ser incentivados a pesquisar sobre suas dúvidas.
Falaremos da Orientação Sexual como um Tema Transversal do Ensino Fundamental. Tendo por base os Parâmetros Curriculares Nacionais, pode-se notar a razão dessa temática ser viável e importante na sala de aula. Tanto no que diz respeito à gravidez precoce, às Doenças Sexualmente Transmissíveis, e outros problemas relacionados à sexualidade, é possível ver que a temática deve e precisa ser trabalhada a fim de prevenir e sanar tais problemas. É visto também o que os alunos querem, podem e devem saber sobre o tema, visto que a informação deve ser passada na medida certa, sem deixar muito vago para a criança e não suprir sua necessidade de conhecimento e também sem ultrapassar demais informações, dando mais do que eles próprios querem aprender.

Objetivos: 
 - Envolver professores e pais no trabalho de orientação sexual dos estudantes.
- Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro).
- Dar informações sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
- Conscientizar sobre a importância de uma vida sexual responsável.

Conteúdos
- Sistema reprodutor
- Puberdade
- Métodos contraceptivos
- Doenças sexualmente transmissíveis

Procedimentos metodológicos:
- Leitura de textos diversos
- Brincadeiras
- Músicas
- Textos de auto estima
- Filmes

Avaliação:
A avaliação será a partir do empenho de cada criança em desenvolver as atividades proposta.

Referência bibliográfica:
LOPES, Fernanda de Almeida/ LINARES, Alcy. A curiosidade Premiada.6.ed. São Paulo: Ática, 1981.
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : pluralidade cultural, orientação sexual / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Trabalho apresentando por Aurenice Brasil 

Questão : 

Explicar com base em teorias já estudada por VOCÊ sobre que fala cabe à escola ensinar.

Volte ao passado: algum professor ensinou a você como falar?
Para o presente: você em sala de aula se preocupa em abordar a oralidade?
A língua portuguesa no Brasil possui muitas variedades dialetais. Mas há muitos preconceitos decorrentes do valor social relativo que é atribuído aos diferentes modos de falar: é muito comum se considerar as variedades lingüísticas de menor prestigio como inferior ou erradas. O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado na escola, como parte do objetivo educacional mais amplo de educação. Para o respeito a diferença.  E para poder ensinar a língua portuguesa, a escola precisa se livrar de alguns mitos: o do que existe uma única forma “certa’ de falar, a de que se parece com a escrita, e do que a escrita é o espelho da fala e, sendo assim seria preciso “concertar” a fala do aluno para evitar que ele escreva errado.
A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual a forma de fala utilizar, considerando as características do contexto de comunicação, ou seja, saber adequar o registro as diferentes situações comunicativas e saber coordenar satisfatoriamente o que fala e como fazê-lo, considerando a quem e por que se diz determinada coisa. A questão não é a correção da forma, mas de sua adequação as circunstâncias do uso, ou seja, de utilização e eficaz da linguagem falar bem é falar adequadamente, é produzir o efeito pretendido.
É preciso criar contextos de produção também para gêneros orais, em que se determina quem é o publico o que será dito e como. É isso que permite aos alunos a se apropriarem das noções, das técnicas e dos instrumentos necessários ao desenvolvimento de suas capacidades de expressão, em situações de comunicação.   Então cabe a escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral nas diversas situações comunicativas, especialmente nas mais formais.
E podem ser tratados através de (debates, entrevistas, seminários e sarau e outros)
O professor deve estimular o aluno a:
Responder as questões propostas;
Participar dos debates;
Apresentar trabalho;
Definir suas idéias;
Falar de se mesmo e de sua família
As atividades devem ser lúdicas interessante e envolvente.
Exemplos: 1
Atividades com textos dinâmicos (grupo, dupla, círculos) proponham diálogos para que os alunos exercitem a fala, dramatizem, crie personagens e os descrevam, crie histórias e narrem para os colegas e professores.  
Exemplo: 2
Atividade com brincadeiras faz de conta (em círculos, fileiras ou sentados ou de pé)
1-Você foi ao supermercado fazer compras, de repente viu um embrulho jogado no canto do chão. Observou e percebeu que ele se mexia. O que era? O que fez com ele?
2- Você é o coelho de uma historia infantil. Qual o nome da historia? Qual o seu nome? Onde mora? Com quem vive? Como vive? O que pretende?
Exemplo: 3
Simulação de jornais falados, entrevistas e debates na TV e no radio, entrevistas com pessoas da comunidade.      
Exemplo: 4
Trava língua:
O urubu ficou jururu, no frio de caruaru.
Um tigre, dois tigres, três tigres.
Num prato de trigo comiam três tristes tigres.
Comprei uma arara em Araraquara

REFERÊNCIAS

Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa (Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental.-3.ed.- Brasília: A secretaria, 2001. 144 (p. 31, 51)    
Revistaescola.abril.br/língua-portuguesa/prática/fala-se-ensina-423559.shtml

Trabalho apresentado por Mirella Fernandes Alves


Questão :

 Explicar com suas palavras o que entende por ler, descrever os fatores que interferem na leitura e reconhecer estratégias que facilitam a leitura e a interpretação de um texto.


O tema leitura tem sido amplamente discutido nos meios acadêmicos, uma vez que no processo de alfabetização precede a aprendizagem da escrita. Para Brandão e Micheletti (2002, p. 9), o ato de ler:
É um processo abrangente e complexo; é um processo de compreensão, de intelecção de mundo que envolve uma característica essencial e singular ao homem: a sua capacidade simbólica e de interação com o outro pela mediação de palavras. O ato de ler não pode se caracterizar como uma atividade passiva.

No entanto, o ato de ler não se restringe apenas às palavras escritas, mas sim a uma infinidade de possibilidades que vão desde imagens, sons, situações, sentimentos, antes mesmo de o indivíduo ter contato com a escola. Portanto, a leitura está ligada às sensações, emoções e a razão, algo que desperta reações.
Os conceitos de leitura são muitos e variam conforme a perspectiva teórica e seu campo de atuação. Portanto, para aqueles que consideram a leitura como ato de decodificar sinais gráficos, ou seja, um ato mecânico, a leitura poderá se tornar uma prática sem vida e sem alma, mas se em vez disso considerar como leitura suas experiências e vivências, a leitura se tornará uma prática muito mais ampla e viva, na qual o pulsar das informações baterá no mesmo ritmo das emoções.
Assim, é através desta ação que o indivíduo age no mundo. O leitor é um ser ativo que dá significado à palavra escrita e não apenas decodifica letra por letra e palavra por palavra e implica na construção de sentidos antes mesmo da leitura propriamente dita.
Ler é básico para o progresso na aprendizagem de qualquer assunto e deste modo, uma ação necessária para o desenvolvimento da aluno na sua vida, tanto acadêmica quanto no seu dia a dia. A formação de um leitor competente, segundo os PCN (2001, p. 54), “só pode constituir-se mediante uma prática constante de leitura de textos de fato, a partir de um trabalho que deve se organizar em torno da diversidade de textos que circulam socialmente”.
Para tanto, a escola deve contar com estratégias de ensino que favoreçam a leitura e a interpretação desses textos, oferecendo materiais de qualidade para seus alunos, para torná-los leitores proficientes, com práticas de leituras eficazes.
Assim, será preciso ter uma boa motivação, principalmente por parte dos professores na escola, uma vez que muitas vezes este é o único ambiente onde a criança tem a oportunidade de conviver com recursos e materiais que envolvem leitura como: livros, revistas, cartazes, panfletos, jornais e outros meios que podem facilitar e contribuir com o processo de desenvolvimento da leitura.
No entanto, para desenvolver este processo em sala de aula, será preciso que o professor tenha consciência da importância que a leitura trará para o desenvolvimento sócio-cultural de seus alunos, uma vez que a leitura deve ser também fonte de prazer e lazer.
Para isso deverá ser sugerida e incentivada o mais cedo possível para o indivíduo por seus pais e familiares através de contos, histórias, cantigas e brincadeiras que possam contribuir com o desenvolvimento do processo de construção da mesma. Isto pode acontecer se seus pais e familiares tiverem o hábito de praticar a leitura em casa e incentivá-las a praticar este hábito, pois a escola não é o único local de aprendizagem.
O professor também deverá procurar conhecer a realidade do aluno para partir desta e buscar novas metas que o ajudará a interpretar de forma organizada os conhecimentos que o aprendiz traz consigo para a sala de aula. Porém, é partindo dessas iniciativas que o professor criará situações de ensino, que possa levar o aprendiz a avançar no processo de construção da escrita e de leitura, intervindo como mediador diante deste processo.
Uma das maiores dificuldades está no próprio sistema, quando se pensa que a alfabetização se dá em etapas e primeiro se ensina as letras e os sons e mais tarde induz à compreensão do texto, fazendo uma imensa separação entre ler e dar sentido.
Sabe-se que não é fácil desenvolver um trabalho de qualidade quando o próprio sistema não oferece condições para que os professores possam ter uma formação adequada para o exercício de sua profissão, mas não é impossível. Deve-se primeiramente despertar nos professores o interesse pela leitura, uma vez que boa parte dos professores não desenvolve uma prática cotidiana da leitura.
As atividades de leitura para alunos da primeira fase do ensino fundamental se propõem a situar o indivíduo no contexto social no qual está inserido, com o professor entendendo que alfabetizar é levar o educando a entender o que ler, de maneira que o ato de alfabetização não se resuma a um adestramento as técnicas mecânicas de leitura.
Logo, compreende-se que a leitura é uma atividade básica na formação cultural do ser humano, atende a diversas finalidades, entre elas o senso crítico aguçado e uma maior percepção das diversas leituras intelectuais e do mundo, permitindo assim analisar toda e qualquer leitura.

 REFERÊNCIAS

BRANDÃO, Helena H. Nagamine e MICHELETTI, Guaraciaba. Teoria e prática da leitura. In: Coletânea de textos didáticos. Componente curricular Leitura e elaboração de textos. Curso de Pedagogia em Serviço. Campina Grande: UEPB, 2002.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. 3. ed. Brasília: MEC, 2001.

MARTINS, Maria Helena. O que é Leitura. São Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção primeiros passos; 74).


TEBEROSK, Ana. Debater e opinar estimulam a escrita. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/debater-opinar-estimulam-leitura-escrita-423497.shtml. Acesso em 24/04/2015.

Trabalho apresentado por Maria de Lourdes Aires Cavalcante

Questão : 

     Análise das atividades do livro da EJA do I Segmento, organizar e desenvolver uma aula dizendo os procedimentos de como alfabetizar na EJA, a partir dos gêneros textuais.



APRESENTAÇÃO DO LIVRO

É BOM APRENDER, VOLUME 1 EDIÇÃO RENOVADA 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ALFABETIZAÇÃO

LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO
Cassia Leslie Garcia de Souza
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Pós-graduada em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professora de Português em escolas da rede particular de ensino.

FDT 1º Edição – São Paulo – 2013
PNLD 2014, 2015 e 2016 - EJA









 GÊNEROS TEXTUAIS APRESENTADOS NO LIVRO:

·         Textos não verbais;
·         Cartaz;
·         Placas;
·         Narrativas;
·         Lista de compras;
·         Cantigas populares;
·         Poesias;
·         Lendas;
·         Receitas Culinárias;
·         Anúncios classificados
·         Ficha de solicitação de emprego;
·         Documento;
·         Propaganda;
·         Panfletos;
·         Bilhetes;
·         Carta;
·         E-mail;
·         Fábula;
·         Reportagem;
·         Charge;
·         Trava-língua;
·         Texto de opinião;
·         Relato.



SEQUÊNCIA DIDÁTICA:

Escola: Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Instituto Desembargador Severino Montenegro.

Plano de Aula

Data: 29 de abril de 2015.
Ano: EJA – I Segmento

Conteúdo: Gênero Textual: Texto Institucional receita Culinária.

JUSTIFICATIVA:

            Optei por trabalhar com o gênero textual institucional, pelo fato de que, o mesmo, oferece um leque de possibilidades para abordar o assunto, explorando um texto que faz parte do cotidiano de jovens e adultos.
            As receitas culinárias proporcionam aos estudantes aprimorar a leitura e a escrita, uma vez que trazem dois tipos de informações básicas, o que usar e como usar.

OBJETIVOS

Objetivo Geral:

·         Levar os alunos a se familiarizarem com a linguagem dos textos instrutivos, propiciando o desenvolvimento da leitura e escrita dos mesmos.

Objetivos Específicos:

·         Identificar letras, sílabas, palavras e frases, distinguindo-as;
·         Ampliar o volume de escrita e o vocabulário;
·         Reconhecer nomes de marcas conhecidas.

METODOLOGIA

            Em uma roda de conversa explorar com os alunos os assuntos. Interroga-los sobre suas receitas preferidas, quais fazem com frequência, como adquiriram a receita, entre outros.
            Após a fala de cada aluno sobre sua receita preferida, será escolhida uma das receitas para que a mesma seja explorada em sala.
            Em conversa com os alunos explicarei que receita culinária e um tipo de gênero textual, perguntarei se eles conhecem a estrutura de uma receita. No momento seguinte será usado o seguinte procedimento para se trabalhar esse gênero textual.
            Perguntarei aos alunos o título da receita; então escreverei esse título na lousa, explicarei que toda receita tem os ingredientes e a maneira específica de preparar cada receita. Pedirei aos alunos que ditem os ingredientes da receita, a medida que irei escrevendo na lousa, no momento seguinte, será dito e copiado o modo de preparo dessa receita.
            Com a receita já escrita na lousa, explicarei que independente de qual seja a receita, todas apresentam a mesma estrutura, ou seja, título, ingredientes e modo de preparo.
            Solicitarei aos alunos, que copiem a receita em seus cadernos para em seguida explorarmos a mesma, dando ênfase aos seguintes pontos:

·         Ler em voz alta;
·         Pedir para que leiam, observando cada ingrediente utilizado;
·         Focar os ingredientes utilizados, trabalhar com o nome das marcas dos produtos;
·         Focar os ingredientes utilizados, trabalhar com o nome das marcas dos produtos;
·         Focar o modo de fazer e tempo de preparo;
·         Colocar o nome da dona da receita;
·         Pedir para que os alunos copiem a mesma;
·         Trabalhar com os alunos as letras, sílabas, palavras e frases;
·         Trabalhar a origem de cada ingrediente. Origem animal, vegetal, mineral;
·         Pedir aos alunos que tragam na aula seguinte os ingredientes para que seja elaborada a receita;
·         A dona da receita para a mesma na sala de aula

A cada semana uma receita será trabalhada em sala de aula, no final do período, será montado um livro de receita.

RECURSOS DIDÁTICOS:

·         Recurso humano;
·         Caderno, lápis;
·         Lousa, pincel;
·         Ingredientes para a receita.

AVALIAÇÃO:

            A avaliação acontecerá mediante observação da participação e envolvimento dos alunos na realização das atividades.

CONSIDERAÇÕES

            Ao avaliar o livro da EJA I segmento é um bom livro para alfabetizar jovens e adultos, uma vez que o mesmo apresenta textos e atividades que valorizam a faixa etária dos mesmos.
            As atividades são claras e objetivas, dentro de um contexto, que leva o aluno a pensar e a refletir, despertando assim, o interesse pelo aprender mais.