Pedagogia

Pedagogia

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Trabalho apresentado por Mirella Fernandes Alves


Questão :

 Explicar com suas palavras o que entende por ler, descrever os fatores que interferem na leitura e reconhecer estratégias que facilitam a leitura e a interpretação de um texto.


O tema leitura tem sido amplamente discutido nos meios acadêmicos, uma vez que no processo de alfabetização precede a aprendizagem da escrita. Para Brandão e Micheletti (2002, p. 9), o ato de ler:
É um processo abrangente e complexo; é um processo de compreensão, de intelecção de mundo que envolve uma característica essencial e singular ao homem: a sua capacidade simbólica e de interação com o outro pela mediação de palavras. O ato de ler não pode se caracterizar como uma atividade passiva.

No entanto, o ato de ler não se restringe apenas às palavras escritas, mas sim a uma infinidade de possibilidades que vão desde imagens, sons, situações, sentimentos, antes mesmo de o indivíduo ter contato com a escola. Portanto, a leitura está ligada às sensações, emoções e a razão, algo que desperta reações.
Os conceitos de leitura são muitos e variam conforme a perspectiva teórica e seu campo de atuação. Portanto, para aqueles que consideram a leitura como ato de decodificar sinais gráficos, ou seja, um ato mecânico, a leitura poderá se tornar uma prática sem vida e sem alma, mas se em vez disso considerar como leitura suas experiências e vivências, a leitura se tornará uma prática muito mais ampla e viva, na qual o pulsar das informações baterá no mesmo ritmo das emoções.
Assim, é através desta ação que o indivíduo age no mundo. O leitor é um ser ativo que dá significado à palavra escrita e não apenas decodifica letra por letra e palavra por palavra e implica na construção de sentidos antes mesmo da leitura propriamente dita.
Ler é básico para o progresso na aprendizagem de qualquer assunto e deste modo, uma ação necessária para o desenvolvimento da aluno na sua vida, tanto acadêmica quanto no seu dia a dia. A formação de um leitor competente, segundo os PCN (2001, p. 54), “só pode constituir-se mediante uma prática constante de leitura de textos de fato, a partir de um trabalho que deve se organizar em torno da diversidade de textos que circulam socialmente”.
Para tanto, a escola deve contar com estratégias de ensino que favoreçam a leitura e a interpretação desses textos, oferecendo materiais de qualidade para seus alunos, para torná-los leitores proficientes, com práticas de leituras eficazes.
Assim, será preciso ter uma boa motivação, principalmente por parte dos professores na escola, uma vez que muitas vezes este é o único ambiente onde a criança tem a oportunidade de conviver com recursos e materiais que envolvem leitura como: livros, revistas, cartazes, panfletos, jornais e outros meios que podem facilitar e contribuir com o processo de desenvolvimento da leitura.
No entanto, para desenvolver este processo em sala de aula, será preciso que o professor tenha consciência da importância que a leitura trará para o desenvolvimento sócio-cultural de seus alunos, uma vez que a leitura deve ser também fonte de prazer e lazer.
Para isso deverá ser sugerida e incentivada o mais cedo possível para o indivíduo por seus pais e familiares através de contos, histórias, cantigas e brincadeiras que possam contribuir com o desenvolvimento do processo de construção da mesma. Isto pode acontecer se seus pais e familiares tiverem o hábito de praticar a leitura em casa e incentivá-las a praticar este hábito, pois a escola não é o único local de aprendizagem.
O professor também deverá procurar conhecer a realidade do aluno para partir desta e buscar novas metas que o ajudará a interpretar de forma organizada os conhecimentos que o aprendiz traz consigo para a sala de aula. Porém, é partindo dessas iniciativas que o professor criará situações de ensino, que possa levar o aprendiz a avançar no processo de construção da escrita e de leitura, intervindo como mediador diante deste processo.
Uma das maiores dificuldades está no próprio sistema, quando se pensa que a alfabetização se dá em etapas e primeiro se ensina as letras e os sons e mais tarde induz à compreensão do texto, fazendo uma imensa separação entre ler e dar sentido.
Sabe-se que não é fácil desenvolver um trabalho de qualidade quando o próprio sistema não oferece condições para que os professores possam ter uma formação adequada para o exercício de sua profissão, mas não é impossível. Deve-se primeiramente despertar nos professores o interesse pela leitura, uma vez que boa parte dos professores não desenvolve uma prática cotidiana da leitura.
As atividades de leitura para alunos da primeira fase do ensino fundamental se propõem a situar o indivíduo no contexto social no qual está inserido, com o professor entendendo que alfabetizar é levar o educando a entender o que ler, de maneira que o ato de alfabetização não se resuma a um adestramento as técnicas mecânicas de leitura.
Logo, compreende-se que a leitura é uma atividade básica na formação cultural do ser humano, atende a diversas finalidades, entre elas o senso crítico aguçado e uma maior percepção das diversas leituras intelectuais e do mundo, permitindo assim analisar toda e qualquer leitura.

 REFERÊNCIAS

BRANDÃO, Helena H. Nagamine e MICHELETTI, Guaraciaba. Teoria e prática da leitura. In: Coletânea de textos didáticos. Componente curricular Leitura e elaboração de textos. Curso de Pedagogia em Serviço. Campina Grande: UEPB, 2002.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. 3. ed. Brasília: MEC, 2001.

MARTINS, Maria Helena. O que é Leitura. São Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção primeiros passos; 74).


TEBEROSK, Ana. Debater e opinar estimulam a escrita. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/debater-opinar-estimulam-leitura-escrita-423497.shtml. Acesso em 24/04/2015.

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