Trabalho apresentado por Mahatma Maria Souza Fonsêca
Ler e interpretar,
sintetizando os fatores que influenciam a produção do texto escrito:
A
produção do texto escrito é
um trabalho que visa o desprendimento do aluno para escrever sobre algo, no ato de escrever, se observa a importância de aprofundar os
conhecimentos sobre terminado assunto no qual se pretende escrever, onde normalmente são
expressados os pensamentos do aluno.
“A
formação de escritores competentes, uma vez que a possibilidade de produzir
textos eficazes tem sua origem na prática
de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de
referências modelizadoras. A leitura, por um lado, nos fornece matéria-prima
para escrita: o que escrever. Por
outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever” (PCNs, 1997. p.53).
Ler
e interpretar um determinado conteúdo pressupõem alguns fatores que interferem na
produção do texto
escrito tais como:
·
ambiente social:
Acredita-se que o ambiente social do aluno
influência no momento em que escreve, pois seu texto pode conter caracteres
importantes que simbolizam a sua vivência.
·
ambiente
cultural: também
está presente nessa representação, pois normalmente o aluno usa palavras e
expressões que utiliza e vive em seu dia-a-dia, dado que a linguagem é uma
prática social, portanto é bastante importante na formação do indivíduo,
uma cultura bastante rica em informações pode
despertar na criança à vontade de aprender cada vez mais.
·
A leitura como construção do significado do texto: compreender um texto consiste num
processo gradual durante o qual o leitor procura uma configuração de esquemas
que representem adequadamente cada uma das passagens que vai lendo.
·
Reconhecer e determinar as ideias
principais: A capacidade de separar os aspectos essenciais
dos detalhes é um dos fatores que diferenciam os leitores na sua eficácia e
está muito associado à compreensão e consequentemente a produção do texto e à
sua recordação posterior.
·
Efetuar
inferências sobre o texto: Muitos autores
defendem que esta estratégia é o centro vital da compreensão, fazem
uma leitura emocionalmente ativa na qual não se limitam a memorizar
automaticamente a informação, mas antes a interpelam a partir de uma posição
crítica.
·
Gerar questões
sobre o texto: Treinar os alunos a
responderem questões sobre o texto permite-lhes compreender informações sobre
histórias a serem apresentadas posteriormente, já sem necessidade de recorrer a
questões auxiliares como as que foram utilizadas num treino inicial. Se
os alunos forem ajudados a produzir as suas próprias questões isso os ajudará a
melhorar a compreensão e a produção do texto.
·
Monitorar a compreensão: se o aluno aprender a conversar
consigo próprio acerca do que leu e compreendeu e se, adicionalmente, lhe forem
dadas instruções sobre como agir quando verifica que não compreende, ele poderá
tornar-se mais consciente do seu estilo de leitura, da sua eficácia e das
alternativas para melhorar a compreensão e consequentemente sua escrita textual.
Observemos dois casos de produções de textuais,
de duas alunas do mesmo ano de escolaridade, do gênero carta, com o conteúdo ou
tema sobre: Esse país tem jeito?
Aluna 1:
“Olá!
Faz tempo
que não nos vemos, estás bem?
Desde que
você foi embora o país está numa situação complicada tanto em questões
econômicas como políticas.
A
violência está sem limites, somos assaltados até na porta de casa, a própria
polícia não dar conta da marginalidade.
Sem falar nos políticos corruptos, que nada
fazem para melhorar essa situação, contribuindo para que o pobre se torne cada
vez mais pobre e o rico cada vez mais rico...” (Sic)
Aluna 2:
“Oi amiga
beleza? Quanto tempo que nois num se vê. Ta tudojóia? Desde que tu saiu tá tudo
igualzin.Cada dia que passa nosso país piora um tiquin, o país tá num beco sem
saída,de um lado a violência que tomou conta detudo. nois num pode nem sair de
casa, que já é assaltado.Nois num temos sigurança de jeito nem um.Os poliça que
tinha que fazer nossa segurança são os primeiros ladrão que se junta com os
político que só promete e num cumpre, e quem sofre com isso é nois. Nois tá num
mundo onde quem tem poco fica na pobreza, e quem tem muitocontinua ganhando
mais...” (Sic)
Na escola a produção do texto
escrito é reconhecida como bom ou ruim pelo conteúdo
que este texto traz. Alguns alunos
escrevem melhor, pois já trazem uma bagagem bem elevada de casa sobre
diversos ramos de conhecimento da Língua Padrão e do mundo, ou seja, os alunos conseguem desenvolver melhor o seu trabalho textual porque já estão inseridos num contexto letrado e rico em informações; enquanto há
outros alunos que escrevem textos
inferiores, dado que normalmente não trazem de casa algo que contribua para
esse desempenho.
Portanto
para amenizar esse déficit o professor poderá desenvolver “Estratégias
de produção de textual” relacionando estreitamente à dimensão
sociodiscursiva. A inserção do sujeito no mundo da escrita, como autor da sua
palavra, mobiliza um outro tipo de interlocução com outros sujeitos, com outras
compreensões sobre a realidade, com uma diversidade de visões de mundo.
Neste
caso a produção textual na escola, participar de situações de escrita e
aprender a escrever possibilitam que a criança ultrapasse aquilo a que está
acostumada, no seu grupo social, para que possa quando inserida em contextos
mais letrados ter ferramentas mais críticas e criativas de participação social,
podemos utilizar algumas estratégias de
produção de textos escrito tais como:
·
Planejar
a escrita de textos considerando o contexto de produção: organizar roteiros,
planos gerais para atender a diferentes finalidades, com ajuda de escriba;
·
Planejar
a escrita de textos considerando o contexto de produção: organizar roteiros,
planos gerais para atender a diferentes finalidades, com autonomia;
·
Produzir
textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finalidades, por meio da
atividade de um escriba;
·
Produzir
textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finalidades, por meio da
atividade;
·
Gerar
o conteúdo textual, estruturando os períodos e utilizando recursos coesivos
para articular ideias e fatos;
·
Organizar
o texto, dividindo-o em tópicos e parágrafos. Utilizar vocabulário
diversificado e adequado ao gênero e às finalidades propostas;
·
Revisar
coletivamente os textos durante o processo de escrita em que o professor é
escriba, retomando as partes já escritas para planejar os trechos seguintes;
·
Revisar
os textos após diferentes versões, reescrevendo-os de modo a aperfeiçoar as
estratégias discursivas.
No processo de planejamento global da produção textual, uma etapa
necessária é o levantamento de informações sobre o que vai ser escrito, isto é,
decide-se e pesquisa-se a sua temática, em situações de leitura, por exemplo.
Na textualização, cuida-se para colocar no papel o que foi planejado, sempre
considerando o contexto de produção, e monitorando o que está sendo dito,
realizando modificações do texto no próprio pro-cesso de escrita.
Segundo
as orientações apresentadas pelos PCN, todo
professor, independente da sua área de formação, deve ter o texto como
instrumento de trabalho. Este, por sua vez, deveria ocupar lugar de destaque no
cotidiano escolar, pois, através do trabalho orientado para leitura, o aluno
deveria conseguir apreender conceitos, apresentar informações novas, comparar
pontos de vista, argumentar, etc. Dessa forma, o aluno poderá caminhar adiante
na conquista de sua autonomia no processo de aprendizado, construindo
habilidades e competências que envolvam a leitura e a produção textual.
REFERÊNCIAS
BRASIL,
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro
e quarto ciclos do ensino fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF,
1998.
Disponível
em: ww.unicentro.br/pesquisa/anais/seminario/.../pdf/artigo_344.Produção
textual: a influência dos fatores sociais e culturais em textos de alunos do
ensino fundamental.
Acessado em 20/04/2015.
Disponível
em http://www.rieoei.org/rie46a07.htm Aprender a ler e compreensão do texto:
processos cognitivos e estratégias de ensino. Acessado em 22/04/2015.
Disponível em http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Texto-Na-Linguagem-Coloquial/381465.
Acessado em
20/04/2015
Disponível
em portal.mec.gov.br/index.php/ elementos conceituais e metodológicos
para definição dos direitos de aprendizagem. Acessado e em 09/05/2015.
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