Pedagogia

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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Trabalho apresentado por Mahatma Maria Souza Fonsêca

Ler e interpretar, sintetizando os fatores que influenciam a produção do texto escrito:

A produção do texto escrito é um trabalho que visa o desprendimento do aluno para escrever sobre algo, no ato de escrever, se observa a importância de aprofundar os conhecimentos sobre terminado assunto no qual se pretende escrever, onde normalmente são expressados os pensamentos do aluno.
“A formação de escritores competentes, uma vez que a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modelizadoras. A leitura, por um lado, nos fornece matéria-prima para escrita: o que escrever. Por outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever” (PCNs, 1997. p.53).
Ler e interpretar um determinado conteúdo pressupõem alguns fatores que interferem na produção do texto escrito tais como:
·         ambiente social: Acredita-se que o ambiente social do aluno influência no momento em que escreve, pois seu texto pode conter caracteres importantes que simbolizam a sua vivência.
·         ambiente cultural: também está presente nessa representação, pois normalmente o aluno usa palavras e expressões que utiliza e vive em seu dia-a-dia, dado que a linguagem é uma prática social, portanto é bastante importante na formação do indivíduo, uma cultura bastante rica em informações pode despertar na criança à vontade de aprender cada vez mais.
·          A leitura como construção do significado do texto: compreender um texto consiste num processo gradual durante o qual o leitor procura uma configuração de esquemas que representem adequadamente cada uma das passagens que vai lendo.
·           Reconhecer e determinar as ideias principais: A capacidade de separar os aspectos essenciais dos detalhes é um dos fatores que diferenciam os leitores na sua eficácia e está muito associado à compreensão e consequentemente a produção do texto e à sua recordação posterior.
·          Efetuar inferências sobre o texto: Muitos autores defendem que esta estratégia é o centro vital da compreensão, fazem uma leitura emocionalmente ativa na qual não se limitam a memorizar automaticamente a informação, mas antes a interpelam a partir de uma posição crítica.
·         Gerar questões sobre o texto: Treinar os alunos a responderem questões sobre o texto permite-lhes compreender informações sobre histórias a serem apresentadas posteriormente, já sem necessidade de recorrer a questões auxiliares como as que foram utilizadas num treino inicial.   Se os alunos forem ajudados a produzir as suas próprias questões isso os ajudará a melhorar a compreensão e a produção do texto.
·          Monitorar a compreensão: se o aluno aprender a conversar consigo próprio acerca do que leu e compreendeu e se, adicionalmente, lhe forem dadas instruções sobre como agir quando verifica que não compreende, ele poderá tornar-se mais consciente do seu estilo de leitura, da sua eficácia e das alternativas para melhorar a compreensão e consequentemente sua escrita textual.
Observemos dois casos de produções de textuais, de duas alunas do mesmo ano de escolaridade, do gênero carta, com o conteúdo ou tema sobre: Esse país tem jeito?

Aluna 1:
“Olá!
Faz tempo que não nos vemos, estás bem?
Desde que você foi embora o país está numa situação complicada tanto em questões econômicas como políticas.
A violência está sem limites, somos assaltados até na porta de casa, a própria polícia não dar conta da marginalidade.
 Sem falar nos políticos corruptos, que nada fazem para melhorar essa situação, contribuindo para que o pobre se torne cada vez mais pobre e o rico cada vez mais rico...” (Sic)

Aluna 2:

“Oi amiga beleza? Quanto tempo que nois num se vê. Ta tudojóia? Desde que tu saiu tá tudo igualzin.Cada dia que passa nosso país piora um tiquin, o país tá num beco sem saída,de um lado a violência que tomou conta detudo. nois num pode nem sair de casa, que já é assaltado.Nois num temos sigurança de jeito nem um.Os poliça que tinha que fazer nossa segurança são os primeiros ladrão que se junta com os político que só promete e num cumpre, e quem sofre com isso é nois. Nois tá num mundo onde quem tem poco fica na pobreza, e quem tem muitocontinua ganhando mais...” (Sic)


Na escola a produção do texto escrito é reconhecida como bom ou ruim pelo conteúdo que este texto traz. Alguns alunos escrevem melhor, pois já trazem uma bagagem bem elevada de casa sobre diversos ramos de conhecimento da Língua Padrão e do mundo, ou seja, os alunos conseguem desenvolver melhor o seu trabalho textual porque já estão inseridos num contexto letrado e rico em informações; enquanto outros alunos que escrevem textos inferiores, dado que normalmente não trazem de casa algo que contribua para esse desempenho.
Portanto para amenizar esse déficit o professor poderá  desenvolver  “Estratégias de produção de textual” relacionando estreitamente à dimensão sociodiscursiva. A inserção do sujeito no mundo da escrita, como autor da sua palavra, mobiliza um outro tipo de interlocução com outros sujeitos, com outras compreensões sobre a realidade, com uma diversidade de visões de mundo.
Neste caso a produção textual na escola, participar de situações de escrita e aprender a escrever possibilitam que a criança ultrapasse aquilo a que está acostumada, no seu grupo social, para que possa quando inserida em contextos mais letrados ter ferramentas mais críticas e criativas de participação social, podemos utilizar algumas  estratégias de produção de textos escrito tais como:
·         Planejar a escrita de textos considerando o contexto de produção: organizar roteiros, planos gerais para atender a diferentes finalidades, com ajuda de escriba;

·         Planejar a escrita de textos considerando o contexto de produção: organizar roteiros, planos gerais para atender a diferentes finalidades, com autonomia;

·         Produzir textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finalidades, por meio da atividade de um escriba;

·         Produzir textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finalidades, por meio da atividade;

·         Gerar o conteúdo textual, estruturando os períodos e utilizando recursos coesivos para articular ideias e fatos;

·         Organizar o texto, dividindo-o em tópicos e parágrafos. Utilizar vocabulário diversificado e adequado ao gênero e às finalidades propostas;

·         Revisar coletivamente os textos durante o processo de escrita em que o professor é escriba, retomando as partes já escritas para planejar os trechos seguintes;

·         Revisar os textos após diferentes versões, reescrevendo-os de modo a aperfeiçoar as estratégias discursivas.

No processo de planejamento global da produção textual, uma etapa necessária é o levantamento de informações sobre o que vai ser escrito, isto é, decide-se e pesquisa-se a sua temática, em situações de leitura, por exemplo. Na textualização, cuida-se para colocar no papel o que foi planejado, sempre considerando o contexto de produção, e monitorando o que está sendo dito, realizando modificações do texto no próprio pro-cesso de escrita.
Segundo as orientações apresentadas pelos PCN, todo professor, independente da sua área de formação, deve ter o texto como instrumento de trabalho. Este, por sua vez, deveria ocupar lugar de destaque no cotidiano escolar, pois, através do trabalho orientado para leitura, o aluno deveria conseguir apreender conceitos, apresentar informações novas, comparar pontos de vista, argumentar, etc. Dessa forma, o aluno poderá caminhar adiante na conquista de sua autonomia no processo de aprendizado, construindo habilidades e competências que envolvam a leitura e a produção textual.





REFERÊNCIAS

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Disponível em: ww.unicentro.br/pesquisa/anais/seminario/.../pdf/artigo_344.Produção textual: a influência dos fatores sociais e culturais em textos de alunos do ensino fundamental. Acessado em 20/04/2015.
Disponível em http://www.rieoei.org/rie46a07.htm Aprender a ler e compreensão do texto: processos cognitivos e estratégias de ensino. Acessado em 22/04/2015.

Disponível em  portal.mec.gov.br/index.php/  elementos conceituais e metodológicos
para definição dos direitos de aprendizagem. Acessado e em 09/05/2015.

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